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Marcia Dolores Lima compartilha sua visão sobre a importância de dedicar tempo de qualidade à saúde emocional e mental, e aconselha líderes a priorizarem isso para alcançar uma melhor performance em suas organizações

Por: Marcia Dolores Lima

Marcia Dolores Lima, nossa convidada da vez, é Diretora Sócia do Alinhar Estratégia – Strategic Business Coach, é mentora, mediadora, palestrante, e conselheira do 30% Club Brazil, criadora do método “Engenharia da Felicidade”.

A saúde emocional está em segundo plano?

Estamos em setembro amarelo, um período que costuma ser associado à prevenção do suicídio, mas e se, em vez disso, olhássemos para a importância de cuidar das nossas emoções, da nossa saúde psicológica e emocional de maneira contínua? Embora muitas vezes intangível, a saúde mental é um dos pilares mais negligenciados no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Este artigo busca trazer uma nova perspectiva sobre a importância de cuidar dessa dimensão essencial para o equilíbrio e o sucesso, tanto individual quanto organizacional.

Nossas emoções moldam quem somos e como agimos

Um dos fatores mais críticos para o desequilíbrio psicológico é a falta de atenção à importância das nossas emoções. As emoções, embora invisíveis, desempenham um papel vital em nossa saúde mental. Se falarmos de emoções, é essencial mencionar a neurociência, pois nossa forma de pensar molda diretamente como sentimos e, consequentemente, como agimos. Quanto mais entendermos a conexão entre mente e emoções, mais profissionais e organizações saudáveis teremos.

O impacto no ambiente de trabalho: saúde como valor organizacional

A saúde mental não é apenas um fator pessoal. Ela agrega valor também no ambiente de trabalho. Profissionais emocionalmente equilibrados são mais comprometidos, produtivos e engajados. Assim, organizações que investem no bem-estar mental de seus colaboradores colhem benefícios tanto em termos de resultados quanto de clima organizacional.

Mas o que vemos frequentemente são profissionais incapazes de lidar com suas emoções, muitas vezes porque estão presos em uma mentalidade rígida, que os impede de enxergar além de suas limitações. Esse tipo de comportamento não só afeta o indivíduo, mas também compromete o sucesso da organização.

Competição: uma fuga das nossas dores?

Em um mundo corporativo altamente competitivo, muitas vezes somos empurrados a ignorar nossas dores emocionais. A busca constante por resultados, metas e a adrenalina de estar no topo podem ser uma forma de mascarar aquilo que realmente nos afeta. Mas, ao final do dia, quando nos deparamos com quem somos de verdade, sem os artifícios do ambiente profissional, percebemos que as dores não foram tratadas. E esse despreparo emocional, com o tempo, pode levar a consequências graves.

Competir pode ser saudável, mas é necessário ter maturidade emocional para lidar com cenários que fogem das nossas expectativas. Sem essa preparação, o vazio emocional pode surgir, alimentando um ciclo de insatisfação e falta de propósito, que muitas vezes leva ao esgotamento mental.

Visão: preparação para a vida e para o futuro

Organizações e profissionais precisam se preparar melhor para lidar com as emoções. A capacidade de gerenciar nossas próprias emoções e pensamentos é o que nos prepara para as inevitáveis mudanças e incertezas da vida. A saúde mental não deve ser uma preocupação apenas em tempos de crise, mas uma prática contínua de cuidado.

Que este setembro amarelo sirva como um convite para refletir não apenas sobre a prevenção de atos extremos, mas sobre como podemos cuidar melhor da nossa saúde emocional e psicológica ao longo do ano. Afinal, viver uma vida emocionalmente equilibrada não só nos torna melhores profissionais, como também nos aproxima de uma vida mais plena e significativa.

A importância de cuidar de si mesmo

A saúde mental e emocional é um presente que devemos cuidar todos os dias. Quando negligenciamos esse cuidado, corremos o risco de perder o sentido da nossa trajetória, seja no trabalho ou na vida pessoal. Cuidar das emoções, estar aberto à revisão de nossos pensamentos e se preparar para lidar com a transitoriedade da vida são os maiores passos que podemos dar em direção a uma existência mais equilibrada e saudável.

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