Suzana Cunha é Neurocoach e Mentora especialista em Carreira com Propósito, Liderança Humanizada e Ciência da Felicidade. Fundadora da SPIREU – Plataforma de Carreira com Propósito, e Sócia da Vinning – Consultoria de Felicidade Corporativa
Por: Suzana Cunha
O mundo corporativo sofreu mudanças profundas, a pandemia reforçou a interconexão da nossa vida pessoal e profissional e obrigou as organizações a adotarem novos modelos operacionais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as principais doenças do século XXI incluem a solidão, depressão e ansiedade, sintomas de uma sociedade em busca de propósito, conexão e pertencimento. O Brasil inclusive, é considerado o país mais ansioso do mundo. Por anos, as empresas investiram em treinamentos para ensinar seus funcionários a serem mais produtivos, resilientes e focados, mas não ensinaram a trabalhar a vulnerabilidade ou como melhor proceder para acolher os times liderados. Experiências boas ou ruins com líderes têm o poder de perdurar no tempo e impactar a vida das pessoas, dentro e fora do ambiente profissional (afinal, se tem algo que a pandemia nos trouxe de positivo, é a leitura de que nossa vida – pessoal e profissional – é uma só!).
- Apenas 23% das pessoas estão engajadas no trabalho, custando às empresas absurdos USD 8,8 trilhões ao ano (Gallup).
- Impressionantes 41% dos colaboradores das organizações estão se sentindo esgotados (Deloitte).
- 38% da geração Z já deixou um cargo que não estava em consonância com seus objetivos e aspirações pessoais. (Forbes)
A liderança humanizada surge como parte da cultura do bem-estar – algo inegociável para a força de trabalho da atualidade, e pode ser entendida como uma forma positiva dos líderes impactarem as pessoas da sua equipe.
A comunhão destes dois aspectos – liderança humanizada e bem-estar – constituem o que chamamos, hoje, de Felicidade Corporativa. Não, não se trata apenas de uma sensação de alegria no ambiente de trabalho, mas principalmente de se encontrar um propósito, significado e satisfação no que se faz cotidianamente, para que a rotina seja, de fato, um meio de realização pessoal e profissional. Quando empresas investem em programas que qualificam a liderança para uma gestão mais humanizada e oferecem meios e recursos para que seus funcionários conheçam e pratiquem a Ciência da Felicidade, estão por fim investindo em resultados mais sustentáveis para seus negócios. Grandes clientes têm dedicado tempo e recurso para essa temática como: Deloitte, Suzano, Google, HEINEKEN, Chilli Beans e tantas outras empresas.
A partir de estudos científicos e casos de sucesso de grandes empresas, sabemos que o desenvolvimento de uma cultura de bem-estar, evidenciada nas práticas da Felicidade Corporativa e no exercício da Liderança Humanizada, exige consciência, disciplina e consistência, e precisa estar na agenda do principal líder da organização. Assim, organizações transformam boas práticas em hábitos.
- Aumento de 31% na produtividade (Harvard Business Review).
- Aumento de 37% das vendas (Harvard).
- Aumento de 56% no desempenho profissional (Deloitte).
- Redução de 50% na rotatividade (Deloitte).
- Redução de 75% nos dias de ausência por doença (Deloitte).
Ao investir no bem-estar dos seus profissionais, as empresas estão tornando-os mais produtivos, pois mais felizes e mais humanos no exercício de suas lideranças. Nunca foi tão necessário, discutirmos como esses temas podem impactar positivamente nos resultados da empresa e agregar valor ao negócio. Temos:
- Um problema crescente que são as doenças relacionadas à saúde mental.
- A Ciência da Felicidade, com dados e fatos, para orientar um estilo de vida e de liderança mais humanizada.
- A constatação inequívoca de que passamos mais tempo no trabalho do que com a nossa família.
Portanto, praticar a felicidade e encontrar seu propósito no trabalho é URGENTE!
Segundo o estudo mais longo sobre a Ciência da Felicidade, desenvolvido por Harvard, o fator que mais contribui para a felicidade de longo prazo são as relações de qualidade e confiança. Para construí-las, dentro e fora do ambiente profissional, precisamos primeiro nos conhecer para também conhecer as pessoas além dos seus perfis profissionais e, enfim, nos conectarmos de forma genuína. Além de desenvolvermos “soft skills” e “hard skills”, a OMS e outras organizações internacionais, como a UNESCO e a UNICEF, têm desempenhado papéis significativos na promoção e necessidade de desenvolvermos uma terceira categoria, as “life skills” – as habilidades que usamos para melhorar a nossa vida como um todo.
Segundo Simon Sinek, “quando as pessoas se sentem protegidas e seguras, pela cultura da empresa e seus líderes, a reação natural é confiar e cooperar. Liderança é uma escolha, não é um título. Existem líderes que são autoridade, mas não os seguiríamos. Existem pessoas que não têm autoridade, mas que são líderes natos, simplesmente porque resolveram cuidar das pessoas e isso é o que um líder faz. “
Felicidade Corporativa, bem-estar organizacional e carreiras com propósito são tendências que vieram para ficar. Para mim, é uma honra inspirar tantos profissionais e ajudar tantas empresas em suas jornadas de desenvolvimento, crescimento e transformação cultural. Por fim, fica a reflexão:
Qual é a MARCA que você quer deixar nas pessoas, como empresa, líder e indivíduo?
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